O milagre do sorriso!

Sexta-feira, 6h30min uma voz carinhosa ecoa no quarto: - Mara está na hora! Vagarosamente abro meus olhos e tento reconhecer o ambiente. Aos poucos reconheço a casa de mamãe e a realidade me vem nua e crua: hora de levantar. Um bom banho e o desjejum me esperam. Exatamente as 7h30min entro no possante e dou a partida. O relógio me diz que tenho 30 minutos para chegar à universidade, seis quilômetros aproximadamente. Desço a rua despreocupada, pois, tenho tempo de sobra até as 8h. Ingênuo engano! Chego à rua principal e comprovo a minha ingenuidade. Um enorme congestionamento, um caos! E ali se vão 40 minutos: chego atrasada ao grupo de pesquisa! Passo a manhã estudando, embora cansada, aproveito cada minuto dessa minha nova fase. Por conta do mestrado, vou a Blumenau toda semana. Estudo e mato as saudades da família. Debaixo de chuva pego a estrada em direção a Joinville. Espero chegar à terrinha até as 13h. Ingênuo engano! Com as chuvas das últimas horas barreiras, desvios fazem parte da caminhada! E toda a programação se vai com a chuva. E assim segue o dia programando e desprogramando! No último compromisso da noite chego ao meu limite. Uma ducha quentinha tira o cansaço do dia e sigo para a universidade. Meu corpo reclama e minha mente trabalha. Será que com toda essa chuva os estudantes virão a universidade? Deixo meu possante no estacionamento e sigo caminhando, subo as escadas em direção a sala de aula e ao chegar no corredor que me levará a sala de aula encontro com duas estudantes que me saúdam com aquele sorriso aconchegante. Um bálsamo para minhas feridas. Aquele sorriso me renovou e me deu a chance de curtir o último compromisso da noite: uma aula sobre COMUNICAÇÃO! O sorriso me fez tão bem que resolvi parar para escrever sobre ele. Na volta para casa sorri ao recordar-me daquela cena. Talvez a estudante nunca saiba o real significado daquele sorriso para mim! Só sei que se eu já sorria a toa... agora quero sorrir e ser o canal de cura de muitas mazelas pela vida afora!