quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Para quem gosta de HOMENS...RSRS

Ele está aqui. Tão perto quanto os olhos alcançam tão papável quanto sua mente imagina. Ele não é alto nem baixo, está no peso ideal, seus cabelos macios exalam o perfume da noite. Misterioso e apaixonante está sempre provocando com seu bom humor. Faz rir, mas, não usa esse riso contra quem ri. Tem habilidade de saber ouvir e diz o que é necessário na maior elegância sem omitir ou mentir.
Compreende a dificuldade feminina de entender a praticidade masculina. Procura impressionar com o que sabe e assume sem culpas o que não sabe. É autentico e não perde tempo com discursos prontos. É consciente de que os dias negros fazem parte da vida de qualquer humano e que um bom dia ao amanhecer faz toda a diferença.
O homem ideal dá bronca quando se abusa da independência, quando se come chocolate demais e depois se reclama do peso. Compreende a necessidade da sensação indescritivelmente libertadora de sumir por algumas horas e, mesmo não concordando com ela, não faz aquele interrogatório como um policial de plantão quando chega em casa pisando, levemente, às 2h da manhã.

O homem ideal é afinado, canta e encanta. Precisa saber dançar. E, se não souber, que mantenha a dignidade de fazer aula de dança. Também bebe. É daqueles que ficam charmosos de matar com um copo de uísque nas mãos. É deliciosamente sacana três doses acima do normal. Enterra os bons modos e fecha abruptamente a porta do quarto, sem tempo para que seja interrompido.

O homem ideal também curte cozinhar, serve seu prato, com pouco queijo e muito molho. Está sempre disposto a ouvir. Não se esquiva de discutir os problemas que não se solucionam com notas de 100. Não considera fraqueza dizer que ama. Pede ajuda quando sente que o peso colocado sobre seus ombros extrapolou sua força. E chora. Não faz promessas porque sabe que nem sempre é possível cumpri-las. Faz besteiras, erra, engana-se. E nem por isso deixa de ser maravilhoso – apenas segue sendo magnífico e humano.

Desejo o ideal... Mas, sou consciente do real...rsrsrs Quem disse que o ideal é real?

sábado, 4 de dezembro de 2010

Para quem gosta de mulher...

Mulheres


"Certo dia parei para observar as mulheres e só pude concluir uma coisa: elas não são humanas. São espiãs. Espiãs de Deus, disfarçadas entre nós.


Pare para refletir sobre o sexto-sentido.


Alguém duvida de que ele exista?


E como explicar que ela saiba exatamente qual mulher, entre as presentes, em uma reunião, seja aquela que dá em cima de você?
E quando ela antecipa que alguém tem algo contra você, que alguém está ficando doente ou que você quer terminar o relacionamento?
E quando ela diz que vai fazer frio e manda você levar um casaco? Rio de Janeiro, 40 graus, você vai pegar um avião pra São Paulo. Só meia-hora de vôo. Ela fala pra você levar um casaco, porque "vai fazer frio". Você não leva. O que acontece?
O avião fica preso no tráfego, em terra, por quase duas horas, depois que você já entrou, antes de decolar. O ar condicionado chega a pingar gelo de tanto frio que faz lá dentro!


"Leve um sapato extra na mala, querido.
Vai que você pisa numa poça..."


Se você não levar o "sapato extra", meu amigo, leve dinheiro extra para comprar outro. Pois o seu estará, sem dúvida, molhado...


O sexto-sentido não faz sentido!
É a comunicação direta com Deus!


Assim é muito fácil...


As mulheres são mães!
E preparam, literalmente, gente dentro de si.
Será que Deus confiaria tamanha responsabilidade a um reles mortal?
E não satisfeitas em ensinar a vida elas insistem em ensinar a vivê-la, de forma íntegra, oferecendo amor incondicional e disponibilidade integral.
Fala-se em "praga de mãe", "amor de mãe", "coração de mãe"...


Tudo isso é meio mágico...
Talvez Ele tenha instalado o dispositivo "coração de mãe" nos "anjos da guarda" de Seus filhos (que, aliás, foram criados à Sua imagem e semelhança).


As mulheres choram. Ou vazam? Ou extravazam?


Homens também choram, mas é um choro diferente. As lágrimas das mulheres têm um não sei quê que não quer chorar, um não sei quê de fragilidade, um não sei quê de amor, um não sei quê de tempero divino, que tem um efeito devastador sobre os homens...
É choro feminino. É choro de mulher...


Já viram como as mulheres conversam com os olhos?
Elas conseguem pedir uma à outra para mudar de assunto com apenas um olhar.
Elas fazem um comentário sarcástico com outro olhar.
E apontam uma terceira pessoa com outro olhar.
Quantos tipos de olhar existem?
Elas conhecem todos...
Parece que freqüentam escolas diferentes das que freqüentam os homens!
E é com um desses milhões de olhares que elas enfeitiçam os homens.


EN-FEI-TI-ÇAM !


E tem mais! No tocante às profissões, por que se concentram nas áreas de Humanas?
Para estudar os homens, é claro!
Embora algumas disfarcem e estudem Exatas...
Nem mesmo Freud se arriscou a adentrar nessa seara. Ele, que estudou, como poucos, o comportamento humano, disse que a mulher era "um continente obscuro".
Quer evidência maior do que essa?


Qualquer um que ama se aproxima de Deus.
E com as mulheres também é assim.
O amor as leva para perto dEle, já que Ele é o próprio amor. Por isso dizem "estar nas nuvens", quando apaixonadas.
É sabido que as mulheres confundem sexo e amor.
E isso seria uma falha, se não obrigasse os homens a uma atitude mais sensível e respeitosa com a própria vida.
Pena que eles nunca verão as mulheres-anjos que têm ao lado.
Com todo esse amor de mãe, esposa e amiga, elas ainda são mulheres a maior parte do tempo.
Mas elas são anjos depois do sexo-amor.
É nessa hora que elas se sentem o próprio amor encarnado e voltam a ser anjos.
E levitam.
Algumas até voam.
Mas os homens não sabem disso.
E nem poderiam.
Porque são tomados por um encantamento
que os faz dormir nessa hora."


Luís Fernando Veríssimo

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Sentada em sua cadeira ela olha o mundo. Jornais, revistas, tv todos na mesma sintonia.  Com sua visão periférica observa pessoas, sons, marcas. Nada parece diferente. São as mesmas pessoas, o mesmo lugar, as mesmas tarefas, as mesmas observações...tudo igual! 
A mente trabalha para encontrar as diferenças mas, para ela, a vida é tão previsível que nem vale a pena continuar. Ops, a mente encontra o que procurava. Finalmente algo diferente! O pulga danada, lá vem ela sutilmente. Será mesmo que os sentimentos não são os mesmos? 
Hoje ela experimentou algo novo: riu com quem nunca tinha rido, respondeu a perguntas que nunca tinha respondido, olhou com outros olhares a quem nunca lhe chamara a atenção, comprendeu reações antes incomprendidas, espiou sem se expor, fez o que não deveria ser feito. Saiu da rotina.
Rotina maldita imposta antes dela nascer por  alguém que ela nem conheceu. Rotina alienante que a obriga fazer o que não necessita ser feito. Atos desnecessários, mesquinhos, robotização. E ela ao expressar suas verdades percebe que sentimentos vem e vão e nem sempre são previsíveis. Ufa, que alívio...ainda tem chances de sair do marasmo infernal de sua rotina. E ela impávida continua sentada em sua cadeira olhando o mundo.
O próximo passo, provavelmente,  é a constatação de que em sua divagação foi totalmente previsível.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Qualquer semelhança é mera coincidência.

Coisa bonita é  lembrança de criança. Tempo bom esse que não volta! Aventuras vividas, super heróis, fantasmas, paixões platônicas... Quem já não viveu pelo menos uma vez para contar tantas outras vezes?!
Roda de conversa, confissões de adolescentes, momentos revividos como se fossem únicos. Tomei o cuidado de registrar tudo, não deixar nada passar.
Luís Carlos o mais empolgado contou que sua casa era última da rua. Cada dia uma nova aventura. Perto de  casa tinha uma marcenaria onde buscava seu material de trabalho. A produção era diversificada  ia de carrinhos a potentes tratores. Para descansar construiam cabanas e jogavam "pecas" (bolinhas de gude). Na escola era aluno comportado( sua mãe era professora). Era um garoto disciplinado mas, isso não faziam com que sua mãe  deixasse de ser chamada ao colégio: sempre esquecia de fazer as tarefas. O tempo passou e basquete, volei, natação judô tornaram-se sua preferência. Aliás, com judô venceu vários campeonatos...coleções de medalhas e sonho de tornar-se um atleta olímpico. Luís Carlos descobriu, mais tarde, que a sua vocação era outra. E aos poucos sua rotina foi mudando. Sempre bom aluno formou-se em Educação Física. E apartir daí começou a atuar como incentivador à prática de esportes. Ao reviver esses momentos seus olhos brilharam, um largo sorriso em seu rosto apareceu e eu muito curiosa quis saber sobre sua paixão. Com o mesmo entusiasmo ele contou sobre sua esposa, a mãe de seus filhos. Contou também que hoje revive sua infância proporcionando, aos seus filhos, momentos tão bons qaunto aos vividos em sua infância.
A conversa estava tão boa que outros colegas de Luís Carlos resolveram participar. Dediquei a mesma atenção não queria perder nenhuma história.
Rogério foi o primeiro e contou sobre seus inesquecíveis campeonatos de "pecas". Era um grande jogador, colecionava pecas. A maneira como as conseguia provocou risadas no grupo. Digamos que seus métodos nem sempre eram legais. Durante sua confissão seu colega, filho de um espanhol, contou que o que mais gostava era brincar de MÉDICO...rsrsrsrsrsrs
Alice (a gaúcha)  também precoce para a época,  curtia brincar de de papai e mamãe. Contou que não gostava de beijar na boca ,mas, como seu papel de mãe exigia, ela beijava. Também gostava de brincar de detetive para ser a "pantera". Fazia campeonato de Yo-yo, bambolê, de elástico e vai e vem.Seu sonho era ser professora ou detetive, ficar solteira e  morar com primas, fazer festas! Aos 4 anos foi convidada a se retirar da escolinha onde estudava. E na pré-escola foi considerada DOIIIIDA! Hoje lida muito bem com o fato de ser hiperativa. Tudo  foi relatado com muito entusiasmo e boas gargalhadas. Alice é uma figura inesquecível!
E assim outras histórias poderiam ser contadas naquele dia se não tivesse terminado a hora do lanche. cada qual tomou seu rumo. Afinal os estudantes nos esperavam. E lá seguiram todos com as doces lembranças de um tempo que não volta mais.
E você? Que tal compartilhar uma lembrança?

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Para você...pessoa ALEGRE! rsrs

Amo estar perto de pessoas alegres, pessoas que riem sem medo do ridículo. Pessoas que não se corrompem pelas regras. Pessoas que não se rendem às mazelas da vida e não admitem trocar boas risadas por momentos de ...prefiro não entrar em detalhes, pois, escrevo sobre a alegria. Pessoas alegres são iluminadas, aproveitam pequenas oportunidades e as transformam em grandes momentos. Pessoas alegres estão sempre em movimento, são dinâmicas, olham o mundo com perspectivas, são disponíveis,
 experimentam...recomeçam!



Sou sensível a elas...


Só o que está morto não muda!
Repito por pura alegria de viver:
A salvação é pelo risco,
Sem o qual a vida não vale a pena!!!"

Clarice Lispector

Clarice Lispector, nascida Chaya Pinkhasovna Lispector foi uma escritora e jornalista brasileira, nascida na Ucrânia.

A amizade desenvolve a felicidade e reduz o sofrimento,
duplicando a nossa alegria e dividindo a nossa dor.
A alegria está na luta, na tentativa,

no sofrimento envolvido e não na vitoria propriamente dita.



Não há arauto mais perfeito da alegria do que o silêncio.
Eu sentir-me-ia muito pouco feliz se me fosse possível dizer a que ponto o sou.







Não há satisfação maior do que aquela que sentimos

quando proporcionamos alegria aos outros.


M. Taniguchi


Não preciso me drogar para ser um gênio;

Não preciso ser um gênio para ser humano;

Mas preciso do seu sorriso para ser feliz.



Eu amo tudo o que foi
Tudo o que já não é

A dor que já não me dói

A antiga e errônea fé

O ontem que a dor deixou

O que deixou alegria

Só porque foi, e voou

E hoje é já outro dia.



A alegria não chega apenas no encontro do achado,

mas faz parte do processo da busca.

E ensinar e aprender não pode dar-se fora da procura,

fora da boniteza e da alegria.
 






















sexta-feira, 24 de setembro de 2010

SAUDADE...


Trancar o dedo numa porta dói.

Bater com o queixo no chão dói.

Torcer o tornozelo dói.

Um tapa, um soco, um pontapé, doem.

Dói bater a cabeça na quina da mesa,

dói morder a língua,

dói cólica, cárie e pedra no rim.

Mas o que mais dói é a saudade.

Saudade de um irmão que mora longe.

Saudade de uma cachoeira da infância.

Saudade de um filho que estuda fora.

Saudade do gosto de uma fruta que

não se encontra mais.

Saudade do pai que morreu,

do amigo imaginário que nunca existiu.

Saudade de uma cidade.

Saudade da gente mesmo, que o tempo não perdoa.

Doem essas saudades todas.

Mas a saudade mais dolorida

é a saudade de quem se ama.

Saudade da pele, do cheiro, dos beijos.

Saudade da presença, e até da ausência consentida.

Você podia ficar na sala e ela no quarto, sem

se verem, mas sabiam-se lá.

Você podia ir para o dentista e ela para a faculdade,

mas sabiam-se onde.

Você podia ficar o dia sem vê-la, ela o dia sem

vê-lo, mas sabiam-se amanhã.

Contudo, quando o amor de um acaba, ou torna-se

menor, ao outro sobra uma saudade que ninguém sabe

como deter.

Saudade é basicamente não saber.

Não saber mais se ela continua fungando

num ambiente mais frio.

Não saber se ele continua sem fazer a barba por causa

daquela alergia.

Não saber se ela ainda usa aquela saia.

Não saber se ele foi na consulta com o dermatologista

como prometeu.

Não saber se ela tem comido bem por causa

daquela mania de estar sempre ocupada;

se ele tem assistido às aulas de inglês,

se aprendeu a entrar na Internet

e encontrar a página do Diário Oficial;

se ela aprendeu a estacionar entre dois carros;

se ele continua preferindo Malzebier;

se ela continua preferindo suco;

se ele continua sorrindo com aqueles olhinhos apertados;

se ela continua dançando daquele jeitinho enlouquecedor;

se ele continua cantando tão bem;

se ela continua detestando o MC Donald's;

se ele continua amando;

se ela continua a chorar até nas comédias.

Saudade é não saber mesmo!

Não saber o que fazer

com os dias que ficaram mais compridos;

não saber como encontrar tarefas

que lhe cessem o pensamento;

não saber como frear as lágrimas diante de uma música;

não saber como vencer a dor

de um silêncio que nada preenche.

Saudade é não querer saber se ela está com outro,

e ao mesmo tempo querer.

É não saber se ele está feliz,

e ao mesmo tempo perguntar a todos os amigos.

É não querer saber se ele está mais magro,

se ela está mais bela.

Saudade é nunca mais saber de quem se ama,

e ainda assim doer...

Saudade é isso que senti enquanto estive escrevendo

e o que você, provavelmente, está sentindo

agora depois que acabou de ler.
Miguel Falabella


O que é saudade para você?

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

LIBERDADE


Era uma vez uma menina que tinha como seu melhor amigo, um Pássaro Encantado. Ele era encantado por duas razões:
Primeiro porque ele não vivia em gaiolas. Vivia solto. Vinha quando queria. Vinha porque amava.
Segundo, porque sempre que voltava suas penas tinham cores diferentes, as cores dos lugares por onde tinha voado.
Certa vez voltou com penas imaculadamente brancas, e ele contou estórias de montanhas cobertas de neve. Outra vez suas penas estavam vermelhas, e ele contou estórias de desertos incendiados pelo sol. Era grande a felicidade quando estavam juntos. Mas sempre chegava o momento quando o pássaro dizia:
"Tenho de partir."
A menina chorava e implorava: "Por favor, não va, fico tão triste. Terei saudades e vou chorar..."
"Eu também terei saudades", dizia o pássaro. "Eu também vou chorar. Mas vou lhe contar um segredo: eu só sou encantado por causa da saudade que faz com que as minhas penas fiquem bonitas. Se eu não for não haverá saudade. E eu deixarei de ser o Pássaro Encantado e você deixará de me amar."
E partia. A menina, sozinha, chorava. E foi numa noite de saudade que ela teve a idéia: "Se o Passaro não puder partir, ele ficará. Se ele ficar, seremos felizes para sempre. E para ele não partir basta que eu o prenda numa gaiola."
Assim aconteceu. A menina comprou uma gaiola de prata, a mais linda. Quando o pássaro voltou eles se abraçaram, ele contou estórias e adormeceu.
A menina, aproveitando-se do seu sono, engaiolou-o. Quando o pássaro acordou ele deu um grito de dor.
"Ah! Menina...que é isso que você fez? Quebrou-se o encanto. Minhas penas ficarão feias e eu me esquecerei das estórias. Sem a saudade o amor irá embora..."
A menina não acreditou. Pensou que ele acabaria por se acostumar.
Mas não foi isso que aconteceu. Caíram suas plumas e o penacho. Os vermelhos, os verdes e os azuis das penas transformaram-se num cinzento triste. E veio o silêncio: deixou de cantar. Também a menina se entristeceu.
Não era aquele o pássaro que ela amava. E de noite chorava pensando naquilo que havia feito com seu amigo...
Até que não mais agüentou. Abriu a porta da gaiola. "Pode ir, Pássaro", ela disse." Volte quando você quiser..."
"Obrigado, menina", disse o Pássaro." Irei e voltarei quando ficar encantado de novo. E você sabe: ficarei encantado de novo quando a saudade voltar dentro de mim e dentro de você!



RUBEM ALVES


Liberdade é coisa séria...será?
Como algo pode ser sério e livre ao mesmo tempo?
O que é ser livre?
Alguém consegue ser livre nessa sociedade em que vivemos?

INDAGAÇÕES BÁSICAS DE MARA JEANNY

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Homenagem ao "Prêmio Camões 2010"

UM POUCO ACIMA DO CHÃO

Se morro
universo se apaga como se apagam
as coisas deste quarto
se apago a lâmpada:
os sapatos - da - ásia, as camisas
e guerras na cadeira, o paletó - dos - andes,
bilhões de quatrilhões de seres e de sóis
morrem comigo.


Ou não:


o sol voltará a marcar
este mesmo ponto do assoalho
onde esteve meu pé;
deste quarto
ouvirás o barulho dos ônibus na rua;
uma nova cidade surgirá de dentro desta
como a árvore da árvore.

Só que ninguém poderá ler no esgarçar destas nuvens
a mesma história que eu leio, comovido.

 Ferreira Gullar, pseudônimo de José Ribamar Ferreira (São Luís, 10 de setembro de 1930) é um poeta, crítico de arte, biógrafo, tradutor, memorialista e ensaísta brasileiro e  um dos fundadores do neoconcretismo.
 
http://www.estadao.com.br/noticias/arteelazer,ferreira-gullar-recebe-o-premio-camoes-2010,610930,0.htm
 
Nossos sentimentos nos tornam únicos!
Nada mais é insubstituível.
 Mara Jeanny

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

"PEIXE FRESCO"

Em uma conversa informal, Bonifácio e Barbarela, dois professores discursam sobre seus projetos para o futuro. Dois humanos tão diferentes e ao mesmo tempo tão parecidos, ambos sonhadores. Conversa vai, conversa vem e de repente Bonifácio olhando para sua colega de profissão, indaga:
_Você já ouviu a história do "Peixe Fresco"?
Ela preparada para mais uma anedota sorri e responde:
_ Não. Você já ouviu?
O professor em sua sabedoria e paciência explica:
_ É sério, a história do "Peixe Fresco" tem tudo a ver com você, com o que acaba de dizer.
Alguns professores entraram na sala e a conversa tomou outro rumo.
No dia seguinte Bonifácio entrega a Barbarela a famosa história do "Peixe Fresco"
"PEIXE FRESCO"
Os japoneses sempre adoraram peixe fresco. Porém, as águas perto do Japão não produzem muitos peixes há décadas. Assim, para alimentar a sua população, os japoneses aumentaram o tamanho dos navios pesqueiros e começaram a pescar mais longe do que nunca.
Quanto mais longe os pescadores iam, mais tempo levava para o peixe chegar.
Se a viagem de volta levasse mais do que alguns dias, o peixe já não era mais fresco. E os japoneses não gostaram do gosto destes peixes.
Para resolver este problema, as empresas de pesca instalaram congeladores em seus barcos. Eles pescavam e congelavam os peixes em alto-mar. Os congeladores permitiram que os pesqueiros fossem mais longe e ficassem em alto mar por muito mais tempo.
Os japoneses conseguiram notar a diferença entre peixe fresco e peixe congelado e, é claro, eles não gostaram do peixe congelado.
Entretanto, o peixe congelado tornou os preços mais baixos. Então, as empresas de pesca instalaram tanques de peixe nos navios pesqueiros. Eles podiam pescar e enfiar esses peixes nos tanques, como“sardinhas”. Depois de certo tempo, pela falta de espaço, eles paravam de se debater e não se moviam mais. Eles chegavam vivos, porém cansados e abatidos. Infelizmente, os japoneses ainda podiam notar a diferença do gosto. Por não se mexerem por dias, os peixes perdiam o gosto de frescor. Os consumidores Japoneses preferiam o gosto de peixe fresco e não o gosto de peixe apático.
Como os japoneses resolveram este problema? Como eles conseguiram prazer ao Japão peixes com gosto de puro frescor? Se você estivesse dando consultoria para a empresa de pesca, o que você recomendaria?
Antes da resposta, leia o que vem abaixo:
Quando as pessoas atingem seus objetivos – tais como: quando encontram uma namorada maravilhosa, quando começam com sucesso numa empresa nova, quando pagam todas as suas dívidas, ou o que quer que seja, elas podem perder as suas paixões. Elas podem começar a pensar que não precisam mais trabalhar tanto, então, relaxam. Elas passam pelo mesmo problema dos ganhadores de loteria, que gastam todo seu dinheiro, o mesmo problema de herdeiros, que nunca crescem, e de donas-de-casa, entediadas, que ficam dependentes de remédios de tarja preta. Para esses problemas, inclusive no caso dos peixes dos japoneses, a solução é bem simples.
L. Ron Hubbar observou, no começo dos anos 50:
“O homem progride, estranhamente, somente perante a um ambiente desafiador”. Quanto mais inteligente, persistente e competitivo você é, mais você gosta de um bom problema. Se seus desafios estão de um tamanho correto e você consegue, passo a passo, conquistar esses desafios,você fica muito feliz. Você pensa em seus desafios e se sente com mais energia. Você fica excitado e com vontade de tentar novas soluções. Você se diverte. Você fica vivo!”
Para conservar o gosto de peixe fresco, as empresas de pesca japonesas ainda colocam os peixes dentro de tanques, nos seus barcos. Mas, eles também adicionam um pequeno tubarão em cada tanque. O tubarão come alguns peixes, mas a maioria dos peixes chega “muito vivo”. E fresco no desembarque. Tudo porque os peixes são desafiados, lá nos tanques.
Portanto, como norma de vida, ao invés de evitar desafios, pule dentro deles. Massacre-os. Curta o jogo. Se seus desafios são muito grandes e numerosos, não desista, se reorganize! Busque mais determinação, mais conhecimento e mais ajuda. Se você alcançou seus objetivos, coloque objetivos maiores. Uma vez que suas necessidades pessoais ou familiares forem atingidas, vá ao encontro dos objetivos do seu grupo, da sociedade e, até mesmo, da Humanidade. Crie seu sucesso pessoal e não se acomode nele. Você tem recursos, habilidades e destrezas para fazer a diferença.
“Ponha um tubarão no seu tanque e
veja quão longe você realmente pode chegar”










quarta-feira, 15 de setembro de 2010

A Cigarra e a Formiga

Você já conhece a história da “Cigarra e a Formiga?



É uma das muitas fábulas atribuídas a Esopo – um escravo grego, pai da fábula como gênero literário. Como toda fábula os animais se tornam exemplo para os seres humanos e transmitem sabedoria de carácter moral ao homem. Mais tarde essa fábula foi recontada por Jean de La Fontaine- o pai da fábula moderna.

Tendo a cigarra cantado durante o verão,
Apavorou-se com o frio da próxima estação.
Sem mosca ou verme para se alimentar,
Com fome, foi ver a formiga, sua vizinha,
pedindo-lhe alguns grãos para agüentar
Até vir uma época mais quentinha!
- "Eu lhe pagarei", disse ela,
- "Antes do verão, palavra de animal,
Os juros e também o capital."
A formiga não gosta de emprestar,
É esse um de seus defeitos.
"O que você fazia no calor de outrora?"
Perguntou-lhe ela com certa esperteza.
- "Noite e dia, eu cantava no meu posto,
Sem querer dar-lhe desgosto."
- "Você cantava? Que beleza!
Pois, então, dance agora!"
Agora a nova versão:
Era uma vez uma formiguinha e uma cigarra muito amigas. Durante todo o outono a formiguinha trabalhou sem parar a fim de armazenar comida para o período de inverno. Não aproveitou nada do sol, da brisa suave do fim da tarde e nem da conversa com os amigos ao final do expediente de trabalho para tomar uma cerveja. Seu nome e sobrenome eram trabalho.

Enquanto isso, a cigarra só queria saber de cantar nas rodas de amigos, nos bares da cidade. Não desperdiçou um minuto sequer, cantou durante todo o outono, dançou, aproveitou o sol, curtiu para valer sem se preocupar com o inverno que estava por vir.

Então, passados alguns dias, começou a esfriar. Era o inverno que estava começando. A formiguinha exausta entrou em sua singela e aconchegante toca, repleta de comida. Mas, alguém chamava por seu nome do lado de fora da toca e quando abriu a porta para ver quem era, ficou surpresa com o que viu. Sua amiga cigarra estava dentro de uma Ferrari com um maravilhoso casaco de vison.
E a cigarra falou para a formiguinha:
- Olá, amiga, vou passar o inverno em Paris.
Será que você podia cuidar de minha toca? E a formiguinha respondeu:
- Claro, sem problemas, mas o que aconteceu que você está com esta Ferrari e vai para Paris?
No que a cigarra responde:
- Imagine você que eu estava cantando em um bar na semana passada e um produtor gostou da minha voz e fechei um contrato de seis meses para fazer shows em Paris. A propósito, amiga, deseja algo de lá?
A formiguinha respondeu:
- Desejo, sim, se você encontrar por lá um tal de La Fontaine, mande ele tomar ...

Moral da história:

Aproveite sua vida, saiba dosar trabalho e lazer, pois trabalho em demasia só traz benefício em fábulas do La Fontaine.





terça-feira, 14 de setembro de 2010

Silêncio,medos...DESCOBERTAS!!!!!!!!

Esta semana preferi ficar em silêncio... Momentos para reflexão. Em um desses momentos lembrei – me da história de Carol, uma estudante que passou pela minha vida, em uma das escolas em que lecionei. Carol era uma menina tímida, cabelos na altura dos ombros, olhos negros e muito expressivos. Através deles deixava claro sua opinião, seu estado de espírito. De início parecia um pouco antipática, mas com o tempo vencia sua timidez e dizia a que tinha vindo. Sempre muito detalhista em seus projetos sofria quando não saía como planejado.

Apesar de toda a sua timidez era muito sonhadora. Queria ser grande, viajar, estudar, ter êxito na vida profissional, conhecer pessoas...

Um dia voltando da escola algo estranho aconteceu. De repente, começou a sentir-se sufocada. O ônibus estava cheio de estudantes e o ar parecia faltar-lhe. Olhava de um lado para o outro e quanto mais tentava controlar-se mais medo parecia ter. Em determinado momento a angústia foi tão grande que desceu do ônibus e ali ficou sem mover-se por um longo período.

Esse episódio não tirou Carol da sua rotina. A seu modo resolveu seu dilema. E segundo Carol, seus dias de estudante seguiram normalmente. Porém, os dias de Carol não seguiram normalmente, pois ela, inconscientemente, preocupou-se com detalhes que antes não precisava preocupar-se. Depois daquele dia fatídico não entrou mais em ônibus lotado, também passou a prestar atenção nas saídas de emergência, procurou ficar longe de lugares com grande movimentação de pessoas.

Na escola, as pessoas não notaram muita diferença em Carol. Mesmo vivendo a veracidade de seus medos tinha dificuldades de falar sobre o assunto. E dentro dessa realidade construiu mecanismos para desviar a atenção para outros pontos fortes de sua personalidade.

Certo dia, em uma de minhas aulas a chamei para apresentação de sua pesquisa. Como sempre, Carol estava muito bem preparada. Mas, ao chegar diante dos seus colegas as palavras começaram a sumir de sua mente. Com muito custo e com a minha ajuda cumprir com seu dever de estudante. Enfim, o intervalo... Não via a hora de ficar sozinha, tinha vontade de sumir, a vergonha era tanta que precisava ficar sozinha.

Aqueles minutos passaram tão rapidamente que quando olhou seu relógio lhe restavam apenas cinco minutos. Carol não suportou a idéia de ter que voltar para a sala de aula. Depois de duas ou três tentativas a vontade de sair correndo falou mais alto. E o problema de Carol que parecia ter sido resolvido estava diante dela outra vez!

Anos e anos se passaram e ao encontrar Carol não me contive e perguntei sobre o problema do qual fora testemunha, anos atrás. Ela sem hesitar me respondeu: _Lido bem com ele, professora! Hoje me conheço melhor e consigo lidar bem com ele.

E a conversa prosseguiu por outros caminhos. Não quis retomar o assunto.
Acredito entender bem a sua angústia, os seus medos. Sigo aprendendo a lidar com eles...