quarta-feira, 28 de setembro de 2011

O problema do T !

Entrei, olhei, procurei por eles! Virei para encontrá-los e também não estavam. Pensei:- Maldita cachaça! Outra vez fui trocada por ela!  Foi só o tempo de pensar e eles apareceram seguidos da mascote.  Entraram, sentaram e logo que explicada a atividade se puseram a trabalhar. O objetivo da noite: Observação... em míseros 10 minutos!
E eles conseguiram! Observaram a tudo e a todos! Riram, conversaram, filmaram a vida e os colegas. Foram traquinas, riram a toa!
Pé por pé retornaram ao lugar de onde haviam saído. E juntos começaram a contar histórias, ônibus lotado, Tigres de Bengala, paquera, climão, meio branca, lâmpada queimada, uma loucura! Tudo com responsabilidade, mas, muito descontraído.
A aula seguiu com o registro da experiência. E aí, aconteceu, mirei a pequena sorridente e fiz o pedido! E o danado do pedido provocou suspiros, gargalhadas e vermelhidões! Ficou vermelha! Vermelha por conta do pedido que fiz:
- Leia, mas leia com T grandão!
A turma caiu na gargalhada. Perguntei-me com curiosidade: _ Será que falei alguma besteira? Qual o problema do T grandão? Percebi que o problema era o tesão. 
Diante dessa situação recorro ao “senhor de todas as coisas”, o dicionário. Segundo o dicionário da Língua Portuguesa, tesão, que vem do latim tensio, -onis,é um substantivo masculino que significa força, intensidade, ímpeto. Esse mesmo dicionário diz que em uma linguagem considerada grosseira ou rude (baixo calão), tesão significa desejo sexual masculino e feminino.
Graças a Deus, trabalho com gente evoluída e esses entenderam o real significado da palavra. Ninguém se chateou com a brincadeira! E todos realizaram o que tinha sido planejado para aquela aula!
Contudo, tenho certeza que em sala de aula pedir uma leitura com força, intensidade e ímpeto não causa o mesmo efeito que pedir com tesão. Como a Língua Portuguesa é rica de significados façamos uso das ambiguidades para alcançarmos nossas verdades.
A turma caiu na gargalhada. Perguntei-me com curiosidade: _ Será que falei alguma besteira? Qual o problema do T grandão? Percebi que o problema era o tesão.

terça-feira, 12 de julho de 2011

La cigarra cantante


Começo a escrever indignada e talvez decepcionada. Sabe aquela decepção que se tem quando se descobre que papai Noel não existe!? Pois é, aconteceu comigo com a fábula da cigarra e a formiga. Essa semana uma situação vivida me levou a querer escrever sobre uma cigarra que não para de musicar. Aqui, abro um parêntese para explicar o termo MUSICAR utilizado neste breve relato: Verbo transitivo- Pôr em música e Verbo intransitivo: Fazer música. Neste caso, usamos os dois, pois esta cigarra que respira música. Fecho parêntese.
Decidida a escrever sobre a cigarra procurei informações científicas que me apoiassem na escrita. E qual não foi a surpresa? Tudo o que eu julgava saber não procedia. As informações repassadas todas fantasiosas. E eu, no auge dos meus 17 aninhos desconstruí para poder reconstruir.  Eis então algumas informações científicas sobre a vida das cigarras:
  •      As cigarras fêmeas não cantam. Só quem canta são os machos, para atraí-las.
  • As fêmeas põem os seus ovos e morrem logo depois.
  • Os ovos eclodem e os insetos jovens (ninfas ) caem no chão e entram na terra.
  • As  ninfas  vivem  na  terra  por 4 a 17 anos (dependendo da espécie) se alimentando da seiva das raízes.
  • Depois desse período, elas cavam túneis, sobem nas árvores e sofrem uma metamorfose, a ecdise, se tornando adultas e prontas para o acasalamento. 
  • A maioria das espécies brasileiras tem um período total de vida ao redor de 17 anos, sendo que na sua fase adulta elas vivem por mais ou menos um mês.
E agora, sabendo disso me sinto na obrigação de não revelar o sexo da cigarra a qual me refiro... rsrs
Escrevo apenas que, hoje, resolvi falar de uma cigarrinha que faz sucesso em minha porta. Seu passatempo preferido é musicar, seu trabalho é musicar, sua diversão é musicar, sua vida se resume em musicar. Musicar é trabalho para o ano todo, não importa se é inverno ou verão. Há mais ou menos dois anos, ela entrou porta adentro um pouco tímida, arredia, eu diria.  Em sua cabeça um bonito sombrero (chapéu em espanhol). Opa, essa tem estilo! Foi o que pensei! O tempo passou e a danada da cigarra começou a mostrar a que veio. Destacou-se no que melhor sabe fazer. É tão forte esse destino que nem pai, nem mãe, nem avô, nem avó conseguem fazê-la desistir. É isso que ela quer, é isso que ela faz. Ah, já ia me esquecendo, há pouco descobri “otra cosita” a qual ela se dedica pra valer!
A danada é namoradeira pra mais de metro, sô! rsrsrs

domingo, 10 de julho de 2011

Minha amiga Borboleta!

Há algum tempo venho observando uma linda borboleta que insiste em passear pelo meu jardim. Ela tem corpo delgado, asas coloridas e chama atenção por onde passa. Nunca está sozinha e isso me impressiona (como consegue?). Uma linda borboletinha sempre a acompanha. E juntas deixam o jardim mais feliz. Por causa da sua beleza e independência, resolvi saber um pouco mais sobre essa espécie que alegra o ambiente com suas cores e sua dança.


As borboletas constituem um importante grupo da família dos insetos e pertencem à ordem dos Lepidópteros, termo que significa literalmente “asas em escamas”. As escamas são coloridas e sobrepostas, formando desenhos intricados de rara beleza. As cores podem ser fortes, suaves, metálicas ou iridescentes, formadas por diferentes pigmentos e micro-texturas que, devido aos efeitos de refração e difração da luz incidente, conferem nuances das mais variadas tonalidades nas asas desse lindo animal.
Como os insetos, têm o esqueleto por fora do corpo, chamado exoesqueleto, que não apenas forma a estrutura de suporte, mas também revestem todo o corpo do animal, impedindo a perda de água, protegendo-as da desidratação total e das pressões ambientais.
Além de ser um animal notável, pela beleza e elegância, as borboletas diurnas são muito importantes como bioindicadores. São fáceis de serem monitoradas nas suas diferentes e bem definidas fases vitais. As borboletas são por demais sensíveis às mudanças negativas em qualquer dos fatores ambientais dos quais dependam. Uma brusca mudança ambiental afeta quase que de imediato esses animais e o desenvolvimento regular de toda uma população de borboletas, ao longo dos anos, indica que o meio ambiente está funcionando regularmente nesse período.  
No ciclo de vida, ss borboletas processam uma metamorfose completa em quatro fases bem definidas e bastante distintas como ovos, larvas, crisálidas e adultas.http://www.ideariumperpetuo.com/borboletas.htm

NUNCA tente pegar uma borboleta com as mãos, pois suas asas por demais delicadas perdem as escamas que saem como se fossem um finíssimo pó ou podem se romper facilmente condenando-a a não mais voar. 

Realmente, seres incomparáveis! 
Sou feliz por ter por perto minha amiga borboleta. Eu a admiro, pois é forte embora delicada, contagia pela beleza de suas asas e pela disposição que possui para ser feliz. Cuida do seu jardim para que sua borboletinha não perceba quando tentam destruí-lo. E ainda tem tempo para tantos outros. Em seu casulo se fortaleceu para os dias de liberdade. Percebeu suas qualidades e seu potencial e aprendeu a se defender dos que tentam tocar suas delicadas asas. 
As borboletas povoam os versos dos poetas e a imaginação das pessoas. Inspiram o sentimento mais nobre do ser humano, a liberdade. Tal como retrata no poema Meus oito anos o poeta Casimiro de Abreu.
Como afirmam os poetas, as borboletas são muito delicadas, encantadoras e coloridas. Quando voam por entre as flores parecem brincar... São por demais delicadas, gentis e sua metamorfose é um mistério!
Há algum tempo venho observando uma linda borboleta que insiste em passear pelo meu jardim. Ela tem corpo delgado, asas coloridas e chama atenção por onde passa. Nunca está sozinha e isso me impressiona, como consegue?

segunda-feira, 4 de abril de 2011

VERDADES...

1.Existe lua cheia, lua nova, lua crescente e lua minguante.

Existe apenas uma lua em nosso planeta.


Dependendo da posição em que se encontra, é possível observar sua face iluminada de forma parcial ou total.

A presente afirmativa não nos leva a perceber que se trata da mesma lua, mas de quatro luas diferentes como se cada fase correspondesse a um evento diferenciado.
 
2. As plantas fazem fotossíntese de dia e respiram à noite.
 
Em Ciência, é fundamental que as palavras tenham significado claro e livre de subjetivismos.
Por isso, comentamos esta afirmativa com as seguintes perguntas: A que dia esta frase se refere: será ao período de 24h ou ao tempo em que determinada parte do globo terrestre está sendo iluminada pelo Sol, ou será referência a algum momento do calendário? Desde quando respiração e fotossíntese são processos antagônicos e complementares? Como podem as células aeróbicas sobreviver sem respiração? 
                                            

Outro ponto importante é que as células com cloroplastos (verdes) absorvem gás carbônico, água e luz gerando glicose e oxigênio. Este processo é a fotossíntese.

Em outra organela das células que têm cloroplastos e de todos as demias células dos seres viventes existem mitocôndrias que é o local onde ocorrem a fotossíntese, por meio da qual a glicose é quebrada e oxidada liberando energia, gás carbônico e água.

São, portanto, dois processos independentes e não complementares.

3. Um ovo de galinha é uma grande.

Dentro de um ovo de galinha existe uma pequena célula num ponto fora da gema onde muitas vezes encontramos um fragmento vermelho quando abrimos o ovo.

Este filete vermelho é o início da formação dos tecidos do futuro filhote.

 4. Existem animais úteis e animais nocivos

Quando a vaca destrói a cerca e devasta a plantação, ela está sendo útil ou nociva? 

Cada animal busca sua sobrevivência, sem nenhuma conotação moral de sua ação.

Infelizmente, muitas vezes o animal que mais prejudica os homens é o próprio homem.

Dizem que é o único que mata o seu semelhante.

Nem por isso o classificamos como nocivo.

5. Átomo é mesmo que célula
Essa frase não está impressa nos livros didáticos, mas é o conceito que fica gravado na psique dos alunos pelo fato de se definir átomo como unidade fundamental da matéria e célula como unidade fundamental dos seres viventes.

Estes dois conceitos são apresentando em momentos diferentes.

Referem-se aos átomos ou às células isoladamente, sem mostrar a relação estrutural existente entre esses dois elementos e sem analisar criticamente a expressão “unidade fundamental”, que induz à conclusão de que os átomos formam a matéria e as células são as estrutras equivalentes aos átomos nos seres vivos.

Um grande absurdo, mas que passa despercebido pela falta de postura crítica de quem lida com esses textos
KEIM, Ernesto Jacob. Construindo Ciências. v. 4. São Paulo: FTD, 1997.