Se morro
universo se apaga como se apagam
as coisas deste quarto
se apago a lâmpada:
os sapatos - da - ásia, as camisas
e guerras na cadeira, o paletó - dos - andes,
bilhões de quatrilhões de seres e de sóis
morrem comigo.
Ou não:
o sol voltará a marcar
este mesmo ponto do assoalho
onde esteve meu pé;
deste quarto
ouvirás o barulho dos ônibus na rua;
uma nova cidade surgirá de dentro desta
como a árvore da árvore.
Só que ninguém poderá ler no esgarçar destas nuvens
a mesma história que eu leio, comovido.
Ferreira Gullar, pseudônimo de José Ribamar Ferreira (São Luís, 10 de setembro de 1930) é um poeta, crítico de arte, biógrafo, tradutor, memorialista e ensaísta brasileiro e um dos fundadores do neoconcretismo.
http://www.estadao.com.br/noticias/arteelazer,ferreira-gullar-recebe-o-premio-camoes-2010,610930,0.htm
Nossos sentimentos nos tornam únicos!
Nada mais é insubstituível.
Mara Jeanny
muito bom..
ResponderExcluirbesos..
Amo o Ferreira Gullar...
ResponderExcluirJá tive o prazer de participar de uma palestra com ele e foi inesquecível!!! Beijos
oiee..
ResponderExcluirei sora da uma olhada no meu blog dei uma atualizada..
besos..