Sentada em sua cadeira ela olha o mundo. Jornais, revistas, tv todos na mesma sintonia. Com sua visão periférica observa pessoas, sons, marcas. Nada parece diferente. São as mesmas pessoas, o mesmo lugar, as mesmas tarefas, as mesmas observações...tudo igual!
A mente trabalha para encontrar as diferenças mas, para ela, a vida é tão previsível que nem vale a pena continuar. Ops, a mente encontra o que procurava. Finalmente algo diferente! O pulga danada, lá vem ela sutilmente. Será mesmo que os sentimentos não são os mesmos?
Hoje ela experimentou algo novo: riu com quem nunca tinha rido, respondeu a perguntas que nunca tinha respondido, olhou com outros olhares a quem nunca lhe chamara a atenção, comprendeu reações antes incomprendidas, espiou sem se expor, fez o que não deveria ser feito. Saiu da rotina.
Rotina maldita imposta antes dela nascer por alguém que ela nem conheceu. Rotina alienante que a obriga fazer o que não necessita ser feito. Atos desnecessários, mesquinhos, robotização. E ela ao expressar suas verdades percebe que sentimentos vem e vão e nem sempre são previsíveis. Ufa, que alívio...ainda tem chances de sair do marasmo infernal de sua rotina. E ela impávida continua sentada em sua cadeira olhando o mundo.
O próximo passo, provavelmente, é a constatação de que em sua divagação foi totalmente previsível.
yupiiiiiiiiii!!! mais um post... assim que estiver em condições farei um comentário decente... bjs e te espero em MG
ResponderExcluirFalou Nessinha
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