segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Vai uma cerva, aí?

Em um país bem distante um problema afligia a vida dos seus habitantes.
En um outodoor bem no centro da cidade um anúncio chocou a população acadêmica:
-Quer uma cerva? Nós temos a solução!
Cada habitante que passava ao perceber o anúncio reclamava:
- Que horror! Vendendo cervas e assassinando a nossa língua!
E assim se sucedia cada vez que alguém lia a propaganda. De repente um senhor meio ruivo, bem magrinho, já meio curvado resolveu investigar esse tal lugar onde se vendia " cervas".
Alguns moradores vendo a coragem e a vontade do velhinho resolveram acompanhá-lo. Quando chegaram diante do tal endereço para contato qual não foi a surpresa...nem uma placa, nem uma luz para chamar a atenção, nenhum movimento, apenas uma casa velha. Acharam tudo muito suspeito e o medo do desconhecido pairou no ar. Conversa vai, conversa vem resolveram que era muito perigoso entrar em um lugar sem qualquer identificação. Convenceram o velhinho a voltar para casa junto com eles.
Alguns dias depois no mesmo outdoor um outro anúncio:
-Temos as melhores cervas do lugar!
Nos visite e seja mais feliz!
Outra vez o maior burburinho. Alguns habitantes sentiram-se incomodados:
- Mas que audácia! Então pensam que somos infelizes! Esse mundo não tem mais jeito! Além disso assassinam a nossa língua!
E diante daquela confusão resolveram tomar providências. Marcaram uma reunião com todos os moradores para a semana seguinte, na frente do outdoor.
No dia e na horam marcados um a um foram chegando. E cada qual esboçava a mesma reação. Outro anúncio havia sido colocado ali. Ele era exatamente assim:
-Promoção de cervas...pague uma e leve duas!
Não tenha medo, o prazer proporcionado por elas é inigualável.
Dessa vez as senhoras tomaram a frente. Perceberam que a curiosidade já tomava conta de seus pacatos maridos. E uma corajosa senhora propôs:
- Vamos todas juntas para o estabelecimento. Entramos de uma só vez. Mostraremos a todos que o tempo da escravidão já passou, que em nosso país a venda de pessoas é proibido e que não é assim que se escreve cerva. Além disso merecemos respeito, nós e a nossa família.
Logo outra senhora gritou:
- E vamos preparadas para a guerra. Caso não entremos em acordo acabamos com a casa e não sobrará pedra sobre pedra!
A essas alturas os homens da cidade já não tinha direito de opinar. Nem conseguiam ser ouvidos. A mulherada partiu para a ação! Marcharam rumo a casa velha como se estivessem indo à guerra. E os homens, os homens as seguiam de longe com a desculpa de protegê-las caso necessitassem. Conversa...eles eram mesmo medrosos!
Enfim chegaram. Com um grito de guerra as valorosas senhoras entraram no estabelecimento. E o tempo começou a passar...10 minutos em silêncio total...40 minutos e nem sinal das mulheres. 1h30min...nada! Os homens começaram a se organizar para ver quem entraria no local por primeiro. Discussão vai, discussão vem o bom velhinho se coloca a disposição do grupo. Ninguém se opôs. Porém, de repente gritos e gargalhadas foram ouvidos. Pasmos observaram uma a uma, as suas mulheres, felizes e satisfeitas sairem da casa velha!
Todos curiosos começaram a peguntar. Queriam saber sobre as cervas: como eram, quanto custavam, que faziam...e muito mais! Mas, as mulheres com ar de mistério passaram sem qualquer explicação. O velhinho a essas alturas já tinha entrado na casa. Com a desculpa de protegê-lo um a um , os homens também foram entrando. Cada qual ao entrar caia em gargalhadas!
E aí para comemorar a descoberta todos pagaram uma cerva e levaram duas.
Esta era a promoção da semana.
Pague uma CERVejA e leve duas.

2 comentários:

  1. Parece que o sábado foi inspirador... (rsrs)... então, vamos tomar uma na Bahia? já dizia Chico Science: "uma cerveja antes do almoço é muito bom pra ficar pensando melhor"... Beijinhos, boa semana...

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  2. Fala sério, irmãzinha! Eu não bebo!

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